Os critérios utilizados pelas diversas Federações Esportivas mundiais
como também pelo Comitê Olímpico Internacional – COI, para eventos nas
várias altitudes são organizados com atenção para não trazer riscos aos
atletas, mesmo sabendo que mesmo altitudes mais modestas podem afetar o
desempenho atlético.
A tabela oficial do COI classifica as altitudes e desempenhos:
1- De 0 a 500 metros: considerado próximo ao nível do mar;
2- De 500 a 2000 m: baixa altitude, onde já se detecta menor desempenho
aeróbico.
3- De 2000 a 3000 m: altitude moderada, mal das montanhas já pode
ocorrer e a aclimatação é muito importante para o desempenho físico
4- Acima de 3000 a 5500 m:altitude alta: mal das montanhas, obrigatória a
aclimatação e o desempenho físico fica muito prejudicado.
5- Acima de 5500m: é chamada de altitude extrema: uma exposição
prolongada leva a progressiva deterioração clínica.
A diminuição da pressão barométrica com a elevação da altitude reduz a
densidade do ar e da pressão de oxigênio inspirado, e esses dois efeitos
produzem efeitos frequentemente opostos na resistência e força contra poder e
habilidades necessárias para o desempenho esperado do atleta principalmente
o de elite. A redução da pressão do oxigênio prejudica a capacidade aeróbica
máxima e a performance como as corridas de longa distância, pouco
compensando a diminuição da densidade e saturação de oxigênio do ar. O
fator fisiológico individual sempre fará alguma diferença. O que se deduz é que
o efeito altitude é específico para cada modalidade esportiva como corridas,
esportes com bola, arremesso, tiro.
Indivíduos não aclimatados que sobem rapidamente a altitude moderada
podem ser acometidos agudamente do mal das montanhas, que pode ser
tratado por repouso e evitado pela subida lenta ou adaptação anterior. O risco
varia de zero a 25% de pessoas que poderão ter essa doença aguda
principalmente em obesos e doentes crônicos de pulmão.
Dormir em altitude moderada por 08 a 16 horas por dia não causa
maiores problemas. Exposições por minutos a 02 horas em 5000 metros
quando muito curtas, são bem toleradas por atletas saudáveis tanto em
repouso como durante o exercício. As complicações poderão ocorrer após
vários dias de exposição em altitudes elevadas, portanto onde não se fazem
competições regulares.
Dr. Nabil Ghorayeb - Cardiologista e Especialista em Medicina do Esporte
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