Apesar de muitas respeitadas opiniões não médicas, de outros profissionais da
saúde, expostas na mídia, somente um médico especialista no assunto poderá
orientar seu paciente para determinada modalidade de atividade física ou esportiva e
principalmente quais limites que não podem ser superados. Evidente que sempre
precisaremos da parceria do fisioterapeuta ou do educador físico com conhecimento
ou treinamento em reabilitação de pacientes com cardiopatias leves ou não, que irão
executar os variados e escolher os melhores exercícios nestes casos. Por aí se
percebe que não basta ir a uma academia, das comuns existentes, muito menos para
aquelas onde por incrível que possa parecer, não existam equipamentos nem
treinamento do pessoal não médico, para acudir as emergências. Mesmo ao escolher
uma assessoria ou “personal”, deve-se saber se estão em condições para treinar
pacientes com histórico de cardiopatia.
Esses cuidados são muito importantes e pelo que sabemos as escolhas não
seguem critérios de segurança e sim de custos e “design” do local, o que é
assustador. Nada acontece por acaso ou por fatalidade (terremoto, raio, inundação ou
algo assim) quase tudo é possível prever, baseados nos vários tipos de doenças.
Nosso alerta segue o protocolo mundial de incentivar a atividade física para
todos, porém os cardiopatas devem evitar os riscos conhecidos dos exercícios radicais
como o “Crossfit”, “HITT”, “spinning”, lutas e similares, principalmente os cardiopatas
sem avaliação especializada prévia ou por estarem parcialmente controladas.
Mesmo a natação de velocidade e de resistência das longas distâncias é contra
indicada para determinadas cardiopatias, como por exemplo, Aorta com aneurisma,
Cardiopatias congênitas, usuários de Marca-passo cardiológico artificial e outras
doenças.
Sem dúvida como orientação geral, os exercícios recomendados são os
aeróbicos de moderada intensidade, associados aos exercícios de fortalecimento
muscular e de equilíbrio três a quatro vezes semanais, suspendendo tudo nas pioras
mesmo que das leves infecções (comuns no inverno) e outras intercorrências médicas.
A regularidade é o segredo dos benefícios para a saúde física e mental, e sempre
alternar dias de treinamento com dias de não treinamento.
Sempre existem possibilidades de se rever casos individualizados para pratica
de esportes inicialmente proibidos, dependendo sempre de cada caso e do esporte,
mas só uma detalhada avaliação especializada poderá definir a possibilidade dessa
escolha.
Dr. Nabil Ghorayeb - Cardiologista e Especialista em Medicina do Esporte
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