Recentemente a SOCESP- Sociedade de Cardiologia do Esporte realizou um
mutirão de avaliações de diabete e hipertensão arterial, durante um dia, em estações
do metro paulista e confirmou a terrível constatação, a população sedentária tem
maior incidência dessas doenças.
O que fazer? Na verdade um dado estatístico da Cardiologia brasileira mostrou
que não chega a 10% dos quase 30 milhões de adultos os hipertensos que mantem
tratamento regular por mais de um ano, o que convenhamos é muito pouco. Tanto
esses como os diabéticos, deveriam pensar muito antes de não dar bola ao tratamento
regular, e como a maioria não tem sintomas muito claros, não seguem o tratamento
instituído.
Para o Diabete tipo 2 , em geral os com sobrepeso e os hipertensos arteriais, a
atividades física faz a grande diferença no tratamento. Pode-se dizer que um paciente
que toma a medicação e segue uma alimentação saudável quase sempre, ao associar
os exercícios aeróbicos com fortalecimento muscular, os resultados de controle das
doenças, e o fato mais significativo, o prolongamento de uma vida saudável sem as
complicações conhecidas como o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral
se torna muito evidente.
Vários atletas e esportistas com o avançar da idade, podem desenvolver essas
doenças porque apesar de erem ativos, existe o fator herança genética familiar. As
pesquisas são muito claras, as doenças crônicas como as que estamos abordando
tem um resultado de controle mais fácil, com qualidade de vida dos pacientes
esportistas muito melhor.
Não tem milagre, os efeitos imediatos do exercício físico na pressão arterial
chegam a durar quase 48 horas após o término dele e no diabético a glicemia é
consumida de imediato, com a vantagem a longo prazo, de ajudar no emagrecimento
tão desejado.
Voltamos a lembrar, praticar um mínimo de 150 minutos semanais de
intensidade moderadas para a maioria das pessoas, ou então 75 minutos semanais de
exercícios mais intensos, principalmente nos mais jovens ou mais treinados.
Dietas milagrosas ainda não existem, tratamentos alternativos não tem
comprovação científica de que terão um efeito duradouro, porém o tripé: hábitos
saudáveis de alimentação, atividades físicas regulares e medicação prescrita por
médico sem interrupções, têm brilhantes resultados.
Em nosso país, essas duas doenças tem a medicação com baixo custo ou
então é distribuída grátis nos postos de Saúde, agora correr ou pedalar ou nadar é por
sua conta... Não despreze.
Dr. Nabil Ghorayeb - Cardiologista e Especialista em Medicina do Esporte
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