No dia 08 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher e um assunto
pertinente são as diferentes características dos quadros clínicos (sintomas e sinais)
das doenças cardiovasculares na mulher em comparação quando ocorrem no homem.
O tamanho do coração e das artérias coronárias que o irrigam são menores nas
mulheres, e os sintomas de infarto do miocárdio são bem diferentes dos que
encontramos nos homens. Na maioria das vezes esses sintomas são relacionados a
problemas digestivos e quase nunca ao coração, por isso é um desafio diagnosticar
mulheres com doenças cardíacas porque não se enquadram nas definições clássicas.
Os sintomas clássicos, como fortes dores no peito com suor frio e palidez que se
aplicam aos homens, nas mulheres serão sintomas menos comuns, como indigestão,
falta de ar e dores nas costas.
Um dado estatístico importante é que a primeira causa de morte na mulher é o
derrame cerebral e o segundo o infarto do miocárdio, em terceiro lugar como causa de
morte é o câncer ginecológico, de mama e de útero. Mas por questões culturais de
cada país a preocupação é diferente, no Brasil elas têm muito mais receio do câncer
do que do coração, evidente que não se critica o receio e sim o não cuidar como
deveriam da própria prevenção cardiovascular. Um exemplo clássico é a hipertensão
arterial que em geral é pouco valorizada talvez por não causar sintomas, porém elas
cuidam muito bem dos filhos, do marido ou parceiro, dos parentes diretos e até dos
indiretos e esquecem totalmente de si! Além da hipertensão não cuidada, o diabete
com sobrepeso, o colesterol elevado e o pouco tempo que sobra para exercícios
físicos são padrões da maioria das mulheres.
Existem Fatores de Risco tradicionais e comuns para homens e mulheres
1- Sedentarismo 2- Tabagismo 3- Diabetes 4- Hipertensão Arterial 5- Obesidade
6-Histórico familiar
Alguns Fatores de Risco relacionados especificamente às mulheres que
afetam as mulheres de maneira desproporcional:
1- Níveis relativamente altos de testosterona antes da menopausa (muitas vezes
pelo uso de cremes de testosterona) 2- Hipertensão Arterial durante a
menopausa 3- Doenças autoimunes, como artrite reumatoide - mais comum
em mulheres do que em homens 4- Depressão - mais comuns nas mulheres 5-
Sedentarismo.
Controlar os Fatores de Risco é a conduta mais lógica e fácil de fazer
Começando com os benefícios do exercício físico regular que sem dúvida incluem
controle da hipertensão arterial, menor risco de diabetes, peso corporal saudável e
redução do estresse/depressão. Exercitar-se pelo menos 05 vezes por semana
durante pelo menos 30 minutos, para seguir a recomendação atual de praticar 150 a
300 minutos por semana de exercícios físicos de intensidade moderada.
Por último fazer a avaliação cardiológica regular e anual com base no histórico
familiar e na presença dos fatores de risco não controlados que podem levar
inexoravelmente às doenças cardiovasculares.
Dr. Nabil Ghorayeb
Cardiologista e Especialista em Medicina do Esporte
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