Um artigo publicado neste mês na revista do American College of Sports
Medicine questionou o que se poderia fazer, mas que não é feito pelo governo norte
americano. Concordamos que a discussão de lá, serve por aqui.
Já é consenso mundial que a atividade físico-esportiva regular traz benefícios
importantes para a saúde de todos, porém uma verdade dura nos mostra que a
maioria das crianças e adolescentes não tem um bom estímulo em casa para praticar
atividades físicas, deixando de ser sedentárias, muito devido às mídias eletrônicas
necessárias e importantes, nas mãos dessa geração. Falta algo nessa história.
O que podemos fazer? Tudo começa em casa, nós os pais temos o poder para
estimular os esportes entre essa geração que vai até os 18 anos. Pais e amigos
sedentários formatam os jovens serem sedentários. Porque não incentivar no mínimo,
as caminhadas e ou uso da bike, para ir à escola ou ao trabalho quando for possível?
Tudo tem que ser com naturalidade, nunca obrigar, assim vamos ajudar essa geração
a ser ativa fisicamente, e vejam só esse mínimo é altamente razoável.
Colocar os filhos em escolinhas de esportes, participar das atividades das
atléticas nas faculdades são outros caminhos disponíveis, que são abandonados
pouco a pouco pelos que poderiam se beneficiar. Quem pratica as atividades físicas
vai servir de espelho para a família, porém não deve ser omisso esquecendo do seu
redor.
As pesquisas sobre benefícios das atividades físicas que conhecemos mostram
que qualquer habito iniciado na infância ou adolescência, vai ser seguido pela vida
futura. Repetindo recomendações anteriores, esportes coletivos são espetaculares
para sociabilizar e preparar a criança para a vida, mas se um filho gostar do esporte
individual, o oriente para praticar um esporte coletivo ao menos por semana, para
aprender a ganhar e a perder em grupo, dividindo as responsabilidades, isso vai ter
muitas implicações no seu comportamento adulto no trabalho e na coletividade.
O grande problema é que acabamos por competir com as mídias eletrônicas,
que devem fazer parte da vida de toda criança, porém como os educadores nos
alertam, as use por períodos pré-estabelecidos, coisa que sinceramente não estamos
vendo. Para não falar não ao seu garoto, existe uma nítida complacência dos pais ou
responsáveis. Se até governos poderosos estão preocupados é porque a situação
ficou séria e depende de nós.
Referencia : Exerc Sport Sci Rev. 2019;47(1):3-14. © 2019
Dr. Nabil Ghorayeb - Cardiologista e Especialista em Medicina do Esporte
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