Parece algo óbvio, mas mesmo assim médicos australianos fizeram
pesquisas e confirmaram que quanto mais pessoas se convencerem dos
benefícios do exercício físico, mais tempo elas dedicarão para essas
atividades, deixando de lado o perigoso sedentarismo.
Foram estudadas 615 pessoas testando seus conhecimentos sobre esse tema
e incluíram outra pergunta qual o tempo gasto 1- numa caminhada, 2- numa
atividade de intensidade moderada como a natação suave 3- numa atividade
de intensidade vigorosa como o ciclismo. A pesquisadora líder Dra Stephanie
Schoeppe e colegas afirmaram que a atividade física regular reduziu o risco de
mortalidade por todas as causas em 30%, reduziu o risco de desenvolver
doenças crônicas como doença cardiovascular em 35% e o diabete tipo 2 em
42% além do câncer de cólon em 30%". Na média, no entanto, os participantes
conseguiram identificar 14 das 22 doenças associadas à inatividade física. E a
maioria foi incapaz de estimar com precisão o aumento do risco de doença
resultante da inatividade. Na verdade ser ativo fisicamente e regular no volume,
como sempre falamos em nossos posts, aumenta a longevidade e a qualidade
de vida.
O desconhecimento de mais da metade desse grupo pesquisado de
quanto de atividade física é recomendada para ter os benefícios à saúde. Hoje
pelo mundo ocidental se recomenda que adultos com idades entre 18 e 64
anos se dediquem pelo menos a 150 minutos de intensidade moderada ou 75
minutos de atividade física de intensidade vigorosa por semana.
Os participantes foram significativamente mais ativos quando sabiam
corretamente uma quantidade maior de doenças associadas à inatividade
física. Essa conclusão do elevado desconhecimento que acontece nos ativos e
nos sedentários vai obrigar a mudança na estratégia da promoção da saúde,
devendo ter como objetivo primário aumentar conhecimento sobre as doenças
associadas ao sedentarismo e tomar a decisão de se tornar ou se manter ativo
quanto antes, condição essa que as pessoas vão adiando por qualquer motivo.
O velho chavão ainda vale muito: qualquer atividade física é melhor que
nenhuma. Ainda o risco de desenvolver doenças cardíacas para a maioria dos
jovens, parece muito distante para leva-los a mudar já o seu comportamento
inativo. Para a maioria das pessoas muito ocupadas ou sem animo para
começar, os parentes, amigos e mesmo colegas de trabalho poderiam ser os
agentes dessa mudança de hábitos.
Dr. Nabil Ghorayeb - Cardiologista e Especialista em Medicina do Esporte
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