Caminhar ou correr mantem o cérebro ativo e saudável, cerca de seis ou mais
quilómetros por semana pode ajudar na saúde mental depois dos 60 anos sugerem
novos estudos científicos de alta credibilidade. Os idosos que andam ou trotam pelo
menos seis a nove quilómetros por semana apresentam mais massa cinzenta no
cérebro do que aqueles que levam uma vida mais sedentária e, segundo diversos
estudos, exercício físico regular ajuda a proteger contra a deterioração do tecido
cerebral no hipocampo e em outras áreas críticas para a memória, podendo proteger
contra Alzheimer e outros tipos de demência. O conceito atual é a de que maiores
quantidades dessa massa cinzenta significam um menor risco de vir a sofrer de
distúrbios de memória e de comportamento em geral.
Com o avançar da idade o cérebro encolhe muito, o que afeta quase todas as
suas funções. Na doença de Alzheimer, as células nervosas morrem e são
substituídas por pedaços de proteína chamada Beta–Amiloide (Aβ) que junto com
outra proteína cerebral chamada TAU, se agrupam em depósitos anormais de
fragmentos, as placas dessas proteínas entre as células nervosas, formando a
Doença de Alzheimer, um tipo de demência (que é a perda da função cerebral).
Nos últimos anos, a identificação dos biomarcadores para essa doença
permitiu comparar os níveis das proteínas patológicas naqueles que são e aqueles
que não são fisicamente ativos. A atividade física aeróbica não só melhora a função
comportamental, como também o fluxo sanguíneo cerebral, reduzindo os níveis do
Beta-Amiloide e Tau, proteínas causadoras dessa terrível demência.
Assim torna-se obrigatório, por parte dos profissionais da saúde, incentivar o
exercício físico, em todas as fases da vida, dadas as evidências crescentes de que
o risco da Doença de Alzheimer pode ser diminuído através da prática da
atividade física como o simples caminhar e mesmo a corrida. Sem dúvida esses
benefícios em qualquer idade, são um verdadeiro imperativo da Saúde Pública.
Devemos intervir no estilo de vida - alimentação saudável, reduzir o estresse,
ter sono adequado e aumentar atividade física – para prevenir a demência. Todas as
pesquisas demonstram que o exercício é de resultado efetivo superior quando se trata
de preservar a saúde mental: cognição, memória etc.
A partir de relatos pessoais sobre exercícios físicos, pesquisadores dividiram
os pacientes em dois grupos, os que relataram menos de 150 minutos por semana
(baixo exercício) e aqueles que relataram 150 minutos ou mais por semana (alto
exercício). O grupo de baixo exercício apresentou mais sintomas depressivos,
conforme medido pela Escala de Depressão Geriátrica. No grupo de baixo exercício, o
nível médio de Beta-Amiloide cerebral foi maior do que nos que estavam no grupo de
alto exercício, essa quantificação foi pela Tomografia Computadorizada Cerebral.
Nos últimos anos, também foram identificados biomarcadores para a Doença
de Alzheimer o que permitiu comparar os níveis Beta -amiloide (Aβ) e Tau - ambas
as características da Doença de Alzheimer - naquelas pessoas que são e das que não
são fisicamente ativas.
FONTE: Conferência Internacional de Associação de Alzheimer (AAIC) 2017.
Dr. Nabil Ghorayeb - Cardiologista e Especialista em Medicina do Esporte
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