O dia 08 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Colesterol e teremos
várias matérias sobre essa gordura necessária, porém, se estiver com seus níveis
elevados no sangue poderá causar graves complicações cardiovasculares. Vamos
comentar como toda a Medicina mundial indica como deve ser o seu tratamento,
mesmo sabendo que um número razoável de pessoas ainda não acredita que isso
seja necessário.
Até a alguns anos ainda existiam fortes recomendações para mudanças
severas na alimentação das pessoas em geral, em relação ao consumo de gorduras
saturadas, ou seja, aquelas visíveis nos alimentos e as frituras em geral.
Os estudos mais detalhados e técnicas de dosagens mais refinadas concluíram
que a alimentação de gorduras trouxe para a população em geral pequenos aumentos
dos níveis de colesterol, e isto ocorria mais nos indivíduos mais sensíveis, na verdade
pequena porcentagem da população geral, para os demais representava pouco mais
de 20% no aumento dos níveis do colesterol LDL conhecido como colesterol ruim.
Diferente, por exemplo, de um diabético que se comer alimentos açucarados, pode ter
instantaneamente uma elevação explosiva da glicemia.
O consumo de uma feijoada por alguém que está com colesterol elevado pouca
diferença trará, e depende de quantas feijoadas seguidas irá consumir. Portanto nada
de terrorismo que proíbe isto e aquilo para a maioria das pessoas que tem colesterol
elevado, consumir alimentos saudáveis como rotina é muito útil e recomendável, e
deve ser o padrão a ser seguido.
O tratamento deve seguir o protocolo mundial ou seja, para cada faixa de idade
e com perfil individualizado procuramos as chamadas metas internacionais dos níveis
do colesterol LDL. O fato de estar associada a diabete, a hipertensão arterial, e a
obesidade usamos ou não as conhecidas ESTATINAS realmente as que fazem a
diferença na evolução das doenças cardiovasculares provocadas pelo colesterol
elevado no sangue. Várias pesquisas provaram que idosos com mais de 75 anos se
beneficiaram com diminuição em quase 20% nos eventos médicos dos que tomavam
as estatinas regularmente e mantinham seus níveis de LDL colesterol entre 70 e 100
mg%, fato que não era muito perseguido já que a doença crônica aterosclerose tinha
prognóstico de vida curta.
Com os tratamentos com essas medicações, mais rígidos e muito usados vem
ocorrendo um visível prolongamento da vida com mais qualidade, que na verdade é o
objetivo maior da Medicina.
Os possíveis efeitos colaterais de dores musculares e diminuição da
performance não foram comprovados recentemente, por uma grande pesquisa
que demonstrou que os usuários de estatinas na prevenção de doenças
cardiovasculares que tiveram dores musculares toleradas não apresentaram perda de
desempenho aeróbico diferente de quem não usava as estatinas. Como cada caso é
um caso , se houver algum efeito colateral converse com seu médico que vai achar o
que fazer sem prejudicar o controle do colesterol. Podemos adiantar que se está
estudando a coenzima Q10 para as dores musculares, com bons resultados.
Dr. Nabil Ghorayeb - Cardiologista e Especialista em Medicina do Esporte
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