Nos próximos dias de 04 a 08 em SP teremos a maior semana médica do
futebol, a Brasil Futebol Expo e serei um dos palestrantes sobre atendimento de uma
Parada Cardíaca no Esporte. Depois de vermos de tudo numa emergência médica no
esporte pelo mundo, seja de padrão seja de incompetência, vamos mostrar o que deve
ser feito de simples e eficaz. Começando pelo fato que ambulância não é a prioridade
e sim o atendimento à vítima, seja um atleta ou esportista ou até mesmo um torcedor.
1) Chame com vigor a vítima, mexa nela para verificar se ela responde.
2) Chame por ajuda de outras pessoas, mas sempre ficando ao lado da
vítima.
3) Confirmar se a vítima respira, observando o tórax e mesmo se aproximando
do seu rosto.
4) Iniciar as compressões torácicas numa quantidade de 10 a 120 por minuto
e até 6 cm no máximo. Não há necessidade de respiração boca a boca.
Faça isso até chegar o DEA- desfibrilador externo automático que para o
uso correto não necessita de médico, o aparelho ao ser ligado solta
gravação do que se deve fazer.
5) DEA : aplicação do choque elétrico com o desfibrilador conforme instruções
após se colocar as pás dos choques conforme a ilustração no aparelho.
O que se preconiza ao se adquirir um DEA, seja numa academia seja para esportes,
um grupo de pessoas, em geral seguranças e nos esportes, os juízes, técnicos e
pessoal administrativo que costuma ficar no controle dos jogos devem ter o curso
chamado de BLS – basic life support para não médicos e que se habilitam em iniciar o
atendimento de uma parada cardíaca ou como também chamamos de parada
cardiorrespiratória.
O maior erro que vemos nos atendimentos de um colapso de um atleta ou
mesmo de um esportista num parque, clube ou mesmo numa corrida, não oficial, onde
não se conta com plantão médico no local, são pessoas de boa fé tentando carregar a
vitima para transportá-la de carro para um Pronto socorro! Nunca se deve fazer isso, o
plano é seguir pontos que citamos acima e aguardar a chegada da ambulância com
médico.
A chance de salvar uma vida numa parada cardíaca se esvai em 03 minutos se
não se iniciarem as manobras de massagem cardíaca. Nas estatísticas não passa de
10% os que sobrevivem se o fato ocorrer fora de um hospital usando o DEA. Sem ele
é praticamente nula a chance de sobrevida. As entidades esportivas devem esquecer
comprar uma ambulância, antes de ter equipe uma treinada e com equipamentos
necessários para atender uma parada cardiorrespiratória
Leis municipais obrigam Academias a ter funcionários e profissionais de
educação física com treinamento para atender uma parada cardíaca com desfibrilador
e tudo, porém são raras as que têm e pior de tudo, grande parte delas nem tem um
DEA.
Dr. Nabil Ghorayeb - Cardiologista e Especialista em Medicina do Esporte
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